Objetivo do estudo
Identificar diferença no comportamento de consumo de AF dos indivíduos sedentários vs praticantes; importância da distribuição do tempo dedicado ao consumo de AF; diferença na percepção de valor (hedônico vs utilitário) quando comparado com o tempo discricionário para o consumo de AF.
Relevância/originalidade
À luz do comportamento do consumidor e partido da literatura do marketing social upstream - observando a distorção seletiva e distribuição do tempo -, esta pesquisa tem como objetivo propor ações para o combate ao sedentarismo neste momento de combate à COVID-19.
Metodologia/abordagem
Quantitativa (survey, n=312), com coletas feitas através de escalas (Likert, 7 pontos) validadas pela literatura nos referidos construtos. Técnicas multivariadas (AFC, AFE, teste t de Student para amostras independentes) atestaram a qualidade das escalas e validaram ou rechaçaram as hipóteses propostas.
Principais resultados
Diferença (pessoas ativas vs. sedentárias) na percepção de risco da inatividade. Diferença (pessoas não usuárias de academia vs. usuárias) na percepção de risco do sedentarismo em relação à COVID-19. Diferença para a percepção de valor na alocação de tempo para AF orientada.
Contribuições teóricas/metodológicas
Dentro da literatura do marketing social upstream, avançou-se na compreensão da distorção seletiva e do valor dado (hedônico e utilitário) à distribuição do tempo discricionário para a adoção de um estilo de vida que combata o sedentarismo crônico em tempos de pandemia.
Contribuições sociais/para a gestão
Identificada a distorção seletiva, parece clara a urgência para que o sedentarismo seja debatido nos mesmos moldes das campanhas anti-tabaco. As academias devem buscar oferecer experiências hedônicas aos seus usuários, especialmente aos recém-matriculados e sem experiência prévia com a prática de AF.