Objetivo do estudo
Como objetivo, este estudo buscou caracterizar a reciprocidade entre organizações sem fins lucrativos (OSFL), propondo um conjunto de fatores que representa essa dimensão da orientação empreendedora (OE).
Relevância/originalidade
Este estudo adota a reciprocidade como uma sexta dimensão do constructo OE, considerando as particularidades das OSFL e o direcionamento da literatura revisitada. As dimensões inovatividade, proatividade, assunção de riscos, agressividade competitiva e autonomia são consideradas consolidadas por pesquisadores da área.
Metodologia/abordagem
Foi realizado um estudo exploratório qualitativo, tendo como unidade de análise 16 Associações Médicas Oftalmológicas (AMOs). Para a análise de conteúdo, os dados coletados nas 11 entrevistas em profundidade com especialistas atuantes no setor sem fins lucrativos, foram organizados no software Atlas.ti.
Principais resultados
As AMOs buscam colaboração, parcerias e acordos amplos, superando rivalidades, para obter recursos técnicos, humanos, financeiros e materiais, limitados. Os diretores executivos lideram abordagens estratégicas e a participação ativa em eventos fortalece imagem, redes de relacionamento e captação de recursos.
Contribuições teóricas/metodológicas
Como contribuição teórica, destaca-se a consolidação de fatores que caracterizam a reciprocidade, como mais uma importante dimensão estratégica do comportamento empreendedor, entre as organizações que compõem o contexto sem fins lucrativos.
Contribuições sociais/para a gestão
O estudo contribui para a prática empreendedora não lucrativa, com a identificação e proposta de um conjunto de fatores que podem orientar a busca e a adoção do comportamento recíproco, fundamental para o cumprimento da missão social e criação de valor social.