Objetivo do estudo
Em termos de sustentabilidade, o ensino superior pode introduzir novas tendências nos domínios da educação, pesquisa e extensão. No entanto, entender a Agenda Ambiental requer uma análise mais cuidadosa das informações, dinâmica das partes interessadas, gestão pública e conflito de interesses. Como combater a desinformação sobre educação ambiental nas instituições de ensino superior?
Relevância/originalidade
Mesmo com milhões de pessoas sem acesso ao consumo de produtos e serviços essenciais para uma vida decente, já estamos consumindo 50% a mais do que o planeta pode substituir e precisamos reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 40% para que a temperatura do planeta não caia. acima de 2 ° C, limite indicado pelos cientistas para evitar grandes desastres climáticos (IPCC, 2014). No entanto, como alerta Lima (1997, 2011), o “debate sobre sustentabilidade já foi estabelecido em uma sociedade insustentável”.
Os desafios no Brasil para uma mudança no comportamento institucional e governamental são muitos, uma vez que as questões ambientais têm sido consideradas obstáculos aos projetos políticos e econômicos dos segmentos de poder da sociedade (Léna & Issberner, 2018). Segundo José Eli da Veiga (2007), o processo de adoção do termo socioambiental não tem mudança ou acaso. Responde a uma necessidade objetiva. Ou seja, a necessidade de entender o mundo como um organismo, de maneira sistêmica, ampla, interativa e complexa, inscrita na necessidade de sobrevivência, desencadeada pelos problemas ambientais em que estamos inseridos.
A mudança no uso dos recursos naturais em nosso planeta é um tópico mais urgente a ser abordado nas agendas ambientais de todos os governos e discutido pela sociedade civil e pela comunidade acadêmica. Como conseqüência desse período conhecido como Antropoceno, o aquecimento global é uma das questões mais críticas da agenda ambiental do século XXI, pois afeta os ciclos biogeoquímicos e a biodiversidade planetária.
Metodologia/abordagem
Esta pesquisa qualitativa, baseada na Rede Federal de Ensino Profissional Científico e Tecnológico (RFEPCT), busca, através da proposta de uma plataforma digital, apresentar um meio de educação ecológica.
Principais resultados
Construir uma plataforma digital com mais de 1.000 dados ambientais, incluindo documentos, e-books, papéis. Mais de 20 vídeos compõem um conjunto de informações, organizado como um modelo de repositório digital que busca integrar uma rede de informações por meio de hiperlinks com outras plataformas digitais, como a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações do Ibict e outros sites de organizações internacionais, facilitando estudantes, pesquisadores e cidadãos, acesso a fontes confiáveis de informação sobre educação ecológica.
Contribuições teóricas/metodológicas
A sociedade geralmente tem dificuldade em obter informações confiáveis sobre políticas de proteção ambiental, pois elas são organizadas e controladas; apesar de não perceber os impactos que o comportamento do consumidor pode ter na biodiversidade do planeta.
Quais são as ferramentas ou maneiras de gerar esse 'estado de ignorância' na sociedade? Como a informação pode ser 'manipulada' ou 'construída' para criar uma realidade 'mais sustentável' do ponto de vista econômico e 'mascarada' do ponto de vista ambiental. Para multiplicar os resultados que a Ciência da Informação pode contribuir para a educação dos jovens nas IES, propõe-se observar quais são as perspectivas discutidas sobre a tipologia da informação enganosa e sua diferença com o conceito de desinformação.
Contribuições sociais/para a gestão
A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania assume um papel cada vez mais desafiador, exigindo o surgimento de novos conhecimentos para apreender processos sociais cada vez mais complexos. Nesse momento, é preciso haver um processo educacional capaz de se posicionar politicamente e conduzir uma análise crítica dos vários projetos sociais e ambientais que contestam objetivos sociais e político-pedagógicos.