Objetivo do estudo
Conhecer as trajetórias de magistradas do estado de Mato Grosso, identificando as limitações, escolhas e como o ambiente laboral reflete na saúde física/mental, bem como na suas relações familiares e sociais.
Relevância/originalidade
Nacionalmente, as mulheres representam 38% de todo o efetivo da magistratura brasileira sendo no estado de Mato Grosso, 18,5% do número de desembargadores e 23% de juízas e com isso nota-se que quanto mais alto o estágio na carreira da magistratura, menor a participação de mulheres.
Metodologia/abordagem
Os dados foram coletados através de entrevistas e as análises/discussões realizadas empregando a análise de conteúdo.
Principais resultados
A análise dos resultados evidenciaram que as três magistradas entrevistadas percebem as desigualdades e a dificuldade de evolução na carreira, atribuindo as causas à cultura patriarcal, à estrutura organizacional e a escassez de práticas que favoreçam a ascensão da carreira feminina no contexto da magistratura.
Contribuições teóricas/metodológicas
O contexto de desigualdade de oportunidades na atuação feminina no mercado de trabalho permeia diversos espaços laborais, inclusive, no âmbito da magistratura brasileira.
Apesar da inserção na carreira da magistratura ocorrer via concurso público, existem práticas cotidianas pautadas em parâmetros patriarcais que dificultam a evolução feminina nesse contexto de trabalho, além de estarem submetidas à fenômenos como “teto de vidro e labirinto de cristal” que, sutilmente, dificultam a permanência e ascensão das magistradas.
Contribuições sociais/para a gestão
Novas práticas de gestão voltadas para a redução das desigualdades e promoção de saúde mental e maior qualidade de vida no trabalho do campo jurídico.