Resumo

Este estudo tem como objetivo descrever a elaboração e a implementação de um protocolo de acolhimento jurídico para mulheres em situação de violência psicológica, articulado à rede de proteção e vinculado a ações de qualificação e fortalecimento da autonomia econômica.

O presente estudo demonstra a relevância de protocolos jurídicos específicos para enfrentar a violência psicológica e forma de agressão muitas vezes invisibilizada. Demonstra originalidade ao articular acolhimento jurídico com empreendedorismo social, promovendo acesso a direitos, autonomia econômica e fortalecimento comunitário.

Adotou-se abordagem qualitativa de caráter exploratório, baseada em observação participante e entrevistas com profissionais da rede de proteção. A análise dos dados seguiu a técnica de análise de conteúdo, garantindo anonimato e princípios éticos durante a intervenção.

Os principais achados demonstram fortalecimento do vínculo entre mulheres e serviços públicos, ampliação do acesso a direitos e surgimento de trajetórias de autonomia econômica. O protocolo mostrou-se replicável, adaptável e eficaz, consolidando tecnologia social de apoio a políticas de enfrentamento da violência.

O relato contribui ao evidenciar como metodologias participativas podem ser aplicadas em intervenções sociais, oferecendo referência prática e conceitual para estudos sobre empreendedorismo social, políticas de proteção e desenvolvimento comunitário em contextos de vulnerabilidade.

O estudo favoreceu o reconhecimento da violência psicológica, estimulou a busca por qualificação e iniciativas empreendedoras e fortaleceu redes de apoio. Para a gestão, o protocolo demonstra viabilidade de adoção por municípios interessados em práticas inovadoras e replicáveis no enfrentamento à violência.

This study aims to describe the development and implementation of a legal support protocol for women experiencing psychological violence, articulated with the protection network and linked to qualification actions and the strengthening of economic autonomy.

This study demonstrates the relevance of specific legal protocols to address psychological violence and an often invisible form of aggression. It demonstrates originality by combining legal support with social entrepreneurship, promoting access to rights, economic autonomy, and community strengthening.

A qualitative, exploratory approach was adopted, based on participant observation and interviews with professionals from the protection network. Data analysis followed the content analysis technique, ensuring anonymity and ethical principles throughout the intervention.

The main findings demonstrate a strengthening of the bond between women and public services, increased access to rights, and the emergence of paths to economic autonomy. The protocol proved replicable, adaptable, and effective, consolidating social technology to support policies to combat violence.

The report contributes by highlighting how participatory methodologies can be applied in social interventions, offering practical and conceptual reference for studies on social entrepreneurship, protection policies and community development in contexts of vulnerability.

The study fostered recognition of psychological violence, encouraged the pursuit of training and entrepreneurial initiatives, and strengthened support networks. For management, the protocol demonstrates the feasibility of adoption by municipalities interested in innovative and replicable practices to combat violence.