Objetivo do estudo
Conhecer em que medida e de que forma os estudos de liderança aproveitam os espaços de “flexibilidade saudável” autorizados pela abordagem da análise fenomenológica interpretativa (IPA, na sigla em inglês) para incrementar e inovar no interior dessa perspectiva.
Relevância/originalidade
A inovação metodológica possibilita novos insights teóricos (Lê & Schmid, 2022), incentivando mais estudos nessa direção. Além disso, diferentemente de Brocki & Wearden (2006), que analisou a (in)adequação metodológica à IPA, este artigo investiga uma perspectiva inédita na área.
Metodologia/abordagem
Este estudo promove uma revisão de literatura inspirada em Wolfswinkel, Furtmueller & Wilderom (2013) para identificar 11 estudos de liderança que utilizaram IPA. Assim, analisou-se as estratégias de inovação e criatividade na coleta e análise dos dados e report dos resultados.
Principais resultados
Foram identificadas quatro estratégias que vão além das diretrizes recomendadas pelos fundadores da IPA: a) complementação; b) abordagem longitudinal; c) mapas mentais; e d) software de codificação.
Contribuições teóricas/metodológicas
O uso da IPA reforça a bricolagem na pesquisa qualitativa (Pratt, Sonenshein, & Feldman, 2022) e evidencia certa preferência por van Manen (1990). Este estudo responde Lê & Schmid (2022) sobre inovação metodológica e complementa a abordagem de Brocki & Wearden (2006).
Contribuições sociais/para a gestão
A IPA visa explorar experiências vividas dos participantes, constituindo-se em uma abordagem frutífera nas ciências sociais aplicadas, seja para estudos de âmbito social, seja de âmbito gerencial. Assim, este estudo busca também incentivar seu uso para novas contribuições teóricas.