Resumo

Este estudo investiga os efeitos da ambidestria organizacional e das práticas de ESG no desempenho de micro e pequenas empresas (MPEs) em Roraima.

Há escassez de pesquisas integrando esses fatores em MPEs, especialmente em regiões periféricas. Esta lacuna é abordada por meio de uma abordagem quantitativa com análise estatística robusta, trazendo implicações teóricas e práticas relevantes para o fortalecimento das MPEs brasileiras.

A pesquisa investigou 50 MPEs de Roraima. As análises incluíram regressão linear múltipla, verificação de pressupostos e teste de confiabilidade, com dois modelos testados: um com ambidestria e ESG, e outro com exploration, exploitation e ESG como preditores, processados no SPSS 28.

Ambos os modelos atenderam aos pressupostos estatísticos, mas não apresentaram relações significativas entre ambidestria, ESG e desempenho organizacional. As médias dos constructos foram elevadas, com baixa variabilidade, mas os coeficientes de regressão foram baixos e os valores de R² ajustado negativos.

A pesquisa integra as variáveis Ambidestria Organizacional e ESG com efeito no Desempenho organizacional, especificamente em MPE. Sugerimos estudos com efeitos de mediação ou moderação ESG entre Ambidestria e desempenho com uso de SEM.

Os resultados sugerem que os desafios estruturais das MPEs em Roraima, como limitação de capital, carência gerencial e dificuldade de acesso a mercados, podem limitar a efetividade dessas práticas no desempenho percebido.

This study investigates the effects of organizational ambidexterity and ESG practices on the performance of micro and small enterprises (MSEs) in Roraima.

There is a scarcity of research integrating these factors in MSEs, especially in peripheral regions. This gap is addressed through a quantitative approach with robust statistical analysis, bringing relevant theoretical and practical implications for strengthening Brazilian MSEs.

The research investigated 50 MSEs in Roraima. The analyses included multiple linear regression, assumption verification, and reliability testing. Two models were tested: one with ambidexterity and ESG, and the other with exploration, exploitation, and ESG as predictors, processed in SPSS 28.

Both models met the statistical assumptions but showed no significant relationships between ambidexterity, ESG, and organizational performance. The construct means were high, with low variability, but the regression coefficients were low and the adjusted R² values were negative

This research integrates the variables Organizational Ambidexterity and ESG, which have an impact on organizational performance, specifically in SMEs. We suggest further studies on the mediation or moderation of ESG between ambidexterity and performance using SEM.

The results suggest that the structural challenges of SMEs in Roraima, such as limited capital, managerial deficiencies, and difficulty accessing markets, may limit the effectiveness of these practices on perceived performance.