Resumo

Investigar como características pessoais e cognitivas de gestores de Instituições de Ensino Superior (IES) influenciam o processo de tomada de decisão.

O estudo amplia a aplicação da Teoria do Alto Escalão (TAE) para o contexto educacional brasileiro, área ainda pouco explorada, contribuindo para compreender a influência de atributos pessoais e comportamentais na gestão estratégica de IES públicas e privadas.

Pesquisa quantitativa e descritiva, tipo survey, com 46 reitores e pró-reitores de IES brasileiras. Foram aplicadas escalas validadas (REI, BIS-11, SCG e desempenho organizacional), analisando-se os dados via estatística descritiva e testes não paramétricos.

Habilidade racional, impulsividade (motora, atencional e por não planejamento), sistemas de controle de gestão e desempenho organizacional (econômico e relacional) influenciam as decisões. Experiência acadêmica e tempo no cargo associam-se a decisões assertivas, enquanto impulsividade varia por sexo, idade e trajetória profissional.

O estudo reforça a TAE ao evidenciar que fatores cognitivos e comportamentais, combinados a variáveis demográficas, moldam decisões estratégicas. Metodologicamente, integra múltiplos instrumentos de mensuração para análise de determinantes da decisão em gestão universitária.

Os achados orientam políticas de recrutamento, treinamento e desenvolvimento de gestores, destacando a importância de controlar impulsividade, fortalecer a análise racional e utilizar sistemas de gestão estruturados, visando maior eficácia estratégica e sustentabilidade institucional.

To investigate how the personal and cognitive characteristics of Higher Education Institution (HEI) managers influence decision-making processes.

This study expands the application of Upper Echelons Theory to the Brazilian educational context, an area still underexplored, contributing to the understanding of the influence of personal and behavioral attributes on the strategic management of public and private HEIs.

Quantitative and descriptive survey research was conducted with 46 rectors and vice-rectors from Brazilian HEIs. Validated scales were applied (REI, BIS-11, MCS, and organizational performance), and data were analyzed using descriptive statistics and nonparametric tests.

Rational ability, impulsivity (motor, attentional, and non-planning), management control systems, and organizational performance (economic and relational) significantly influence decision-making. Academic experience and time in office are associated with more assertive decisions, while impulsivity varies according to gender, age, and professional trajectory.

The study reinforces Upper Echelons Theory by showing that cognitive and behavioral factors, combined with demographic variables, shape strategic decisions. Methodologically, it integrates multiple measurement instruments for a comprehensive analysis of the determinants of decision-making in university management.

The findings guide recruitment, training, and managerial development policies, highlighting the importance of controlling impulsivity, strengthening rational analysis, and using structured management systems to achieve greater strategic effectiveness and institutional sustainability.