Objetivo do estudo
Diagnosticar o grau de conhecimento, as atitudes e as percepções de profissionais de saúde que atuam na linha de frente de um hospital público de alta complexidade sobre o processo de doação de órgãos, a fim de propor recomendações gerenciais.
Relevância/originalidade
O estudo investiga um hospital com histórico positivo em captação de órgãos, mas com limitações persistentes na notificação de potenciais doadores. A originalidade está na combinação entre diagnóstico participativo e aplicação prática voltada à melhoria da cultura institucional de doação.
Metodologia/abordagem
Foi aplicado um questionário estruturado a 185 profissionais das áreas de emergência e terapia intensiva. A coleta foi presencial, com abordagem participativa. Os dados foram analisados por estatística descritiva, complementados com informações institucionais e interpretados por equipe com experiência em gestão hospitalar.
Principais resultados
O estudo revelou elevada valorização simbólica da doação, mas também lacunas de conhecimento técnico e a persistência de crenças equivocadas. Profissionais experientes e recém-chegados relataram baixo domínio sobre o processo, indicando a necessidade de capacitação transversal e contínua.
Contribuições teóricas/metodológicas
O estudo apresenta uma metodologia de diagnóstico institucional aplicada ao setor hospitalar, com instrumento estruturado validado na prática. Contribui ao campo ao demonstrar como dados primários podem ser usados para mapear barreiras à doação e orientar intervenções em serviços públicos de saúde.
Contribuições sociais/para a gestão
O diagnóstico subsidiou recomendações gerenciais diretamente implementáveis, como capacitação de lideranças, integração do tema ao acolhimento de novos profissionais e uso de dados internos na gestão de campanhas. O modelo pode ser replicado por outros hospitais com perfil assistencial crítico.